Na casa cega de Romeu e Julieta
paira senão a imensidão do nada,
espreitada, escondida e apagada
feito lápis, brasa ou alma penada.
É capaz de alguém hesitar,
incrédulo sujeito sem pesar
põe reparo até na sinfonia
Reescrita em solfejos de agonia
Mas a voz suave se erguerá
Na toada do novo grito seco,
o gemido espremido contará
o clamor daquele pobre beco.
Fernando Zamban
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