Páginas

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Outono Seco

O soluço estridente
qual sol de outono seco
remove os sepulcros,
as lápides, as tumbas.
Tal qual os desejos,
são as oportunidades
perdidas ou recuperadas
por que sempre serão desejadas.
Os pensamentos vagam, viajam,
vagam ao sabor de um outono seco,
morto, preso, espesso outono.
E a gente não vive,
vinga, brota, sobrevive
como flor rara e bela
mas tão vil e frágil.
Fracasso nas bodas,
recuperando manias
perdidas pelo tempo e vento
do outono mais seco
que esse pobre beco já viu.
Fernando Zamban

Nenhum comentário: